Pesquisadores internacionais participaram do painel “Inovação Técnica em Gerenciamento de Riscos” durante o 2º Fórum IRB(P&D)
As transformações tecnológicas no mercado de seguros e resseguros foram debatidas no 2º Fórum IRB(P&D), realizado nessa quarta-feira (06/08), no Rio de Janeiro, com a participação de representantes do mercado de seguros e resseguros, do setor público e especialistas do Brasil e do exterior. O painel “Inovação Técnica em Gerenciamento de Riscos” reuniu referências internacionais do setor, como Stuart Calam, líder de pesquisa em Riscos Tecnológicos da WTW Research Network; Simon Solvsten, diretor do Centro Europeu de Estudos de Risco e Resiliência da Universidade do Sul da Dinamarca; e Stéphane Loisel, titular da cátedra de Ciências Atuariais e de Risco do Conservatorie National des Arts et Métiers (CNAM), sob a mediação de Reinaldo Marques, líder do IRB(P&D).
Stuart Calam destacou o sucesso obtido pela WTW em promover uma rede de colaboração entre a academia e as indústrias financeira e de seguros. Em sua apresentação, Calam agradeceu a oportunidade de participar do evento, ressaltou a importância da utilização da pesquisa acadêmica para apoiar a inovação em avaliação de riscos, modelagem e tomada de decisão estratégica, e frisou a relevância da parceria com as seguradoras: “A inovação e a parceria estão no coração da nossa empresa. Acreditamos nisso. E nossa interação com a indústria financeira e de seguros no mundo tem sido muito boa”.
Simon Solvsten focou na importância em inovações em financiamento de riscos e resiliência da cadeia de suprimentos para ajudar as organizações a se situarem no complexo cenário atual. Para isso, destacou os resultados da pesquisa feita pelo Centro Europeu com mil executivos seniores no mundo: “As mudanças climáticas estão no topo da lista de preocupações. Mas quando falamos de ataque cibernético, a visão dos executivos explode. E a escassez de matéria-prima também está entre as quatro primeiras posições entre as preocupações”.
Já Stéphane Loisel falou sobre as novas tecnologias, incluindo IA, dados de qualidade e uso de satélites, para melhorar a precificação e a mitigação de riscos, assim como garantir o futuro da indústria de seguros em um mundo de crescentes desastres climáticos. “O seguro vai acabar não sendo viável em alguns lugares do mundo E os governos vão acabar falando: ‘vamos assumir os prejuízos, mas vamos remover as licenças de vocês [seguradoras]’”, alertou.
Na véspera do 2º Fórum IRB(P&D), o IRB(Re) firmou parceria com o Centro Europeu de Estudos em Risco e Resiliência e a WTW para uma colaboração voltada à inovação em seguros paramétricos agrícolas e gestão de riscos climáticos. O objetivo é unir ciência aplicada, inteligência artificial e conhecimento de mercado para fortalecer a resiliência climática frente a eventos extremos. “Estamos felizes de estarmos recebendo três importantes pesquisadores no Fórum. Valorizamos a excelência. Para nós, é fundamental estarmos conectados com isso”, ressaltou Reinaldo, durante o painel.
Com o tema “Transferência de Riscos: Estratégias e Inovações”, o 2º Fórum IRB(P&D) contou com apoio da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).